Cenários variados
Mario Kart 7 tem 32 circuitos no total: 16 inteiramente novos e 16 clássicos de games anteriores. Prepare-se para enfrentar pistas de asfalto, terra batida, areia, pedras, madeira, gelo e até água. Tudo isso em cenários diversificados, que vão desde autódromos, florestas de Donkey Kong Country Returns, a ilha de Wuhu, e chegando até os tradicionais Castelo de Bowser e Rainbow Road. Aliás, a Rainbow Road de Mario Kart 7 merece destaque pelo belíssimo visual. É uma das pistas mais bonitas, criativas e gigantes já feitas pela Nintendo.
Os circuitos clássicos remetem aos momentos memoráveis dos games antigos. Que nostalgia poder correr novamente na paradisíaca Koopa Troopa Beach (N64). Como é divertido deixar seus adversários presos esperando o trem passar enquanto você corre feliz em direção à linha de chegada em Kalimari Desert (N64). E a Rainbow Road (SNES)? Quem nunca caiu no precipício tentando fazer uma curva mais fechada?
As pistas novas de MK7 têm altos e baixos. Há circuitos bem divertidos e disputados, como o Mario Circuit e o Music Park. Outros são criativos, mas não empolgam, como o Shy Guy Bazaar e o Wuhu Loop. E existem algumas pistas que não agradam e são bem chatinhas mesmo, como o Wario Shipyard e o Bowser's Castle.
A principal novidade é a possibilidade de “correr” pelos céus e por dentro d’água. Menos trabalho para o Lakitu do casco verde, que só precisa nos socorrer quando caímos em penhascos ou poços de lava. Quando mergulha na água, o kart ganha uma hélice traseira para impulsioná-lo. Ao saltar de locais elevados, um planador se abre para que você possa pousar com suavidade.
As moedas retornaram com tudo em MK 7. Desde Mario Kart: Super Circuit que elas não davam as caras num game de corrida do bigodudo. Quanto mais moedas você coletar, mais rápido você vai andar. Isso significa que nem sempre o caminho “mais curto” é o mais vantajoso. Uma rota com mais moedas pode fazer com que o jogador acumule mais velocidade e passe os outros adversários. Elas servem também para desbloquear peças para o seu kart. Isso será explicado mais a frente.
O visual do jogo é bonito e colorido, típicos da Nintendo. Apesar disso, Mario Kart 7 não usa nem metade do potencial do 3DS. Dá para ver que a Nintendo se preocupou com detalhes, mas a qualidade gráfica está bem abaixo do esperado. Serrilhados são visíveis e objetos arredondados possuem aquelas arestas quadriculadas típicas de consoles mais antigos.
MK7 trouxe uma novidade interessante: a personalização dos karts. Cada jogador pode escolher o chassi, as rodas e o tipo de planador. No início são poucas opções, mas, com o progresso no game, as opções são quase infinitas. São 17 chassis, 10 rodas e 7 planadores. Pena que todos os modelos são os mesmos para os corredores. Não custava nada fazer pelo menos um kart específico para cada personagem, não é?
As motos, famosas em Mario Kart Wii, não dão as caras por aqui. Acho difícil alguém sentir falta delas com tamanha variedade de karts disponíveis.
Para liberar as partes, os jogadores precisam coletar as moedas encontradas nos circuitos. Cada parte tem influência no veículo durante as corridas. Uns modelos têm boa aceleração, mas atingem uma velocidade final baixa. Combinados com o peso dos personagens, essas escolhas podem ser a diferença entre você ser o primeiro ou o último na corrida.
A promessa da Nintendo era uma mudança na jogabilidade em ambientes diferentes. Isso realmente acontece, apesar de não influenciar diretamente no modo de jogo. O kart fica um pouco mais lento quando imerso na água, mas não perde tanta velocidade quanto deveria. No ar, tudo se resume a mover de um lado para o outro ou inclinar o planador para aumentar ou diminuir a distância do voo.
Os tricks e drifts continuam presentes e são responsáveis por diferenciar jogadores ocasionais dos viciados de plantão. Quem pega o jeito de usá-los, só perde se tiver o azar de ser bombardeado por cascos azuis.
Os tricks e drifts continuam presentes e são responsáveis por diferenciar jogadores ocasionais dos viciados de plantão. Quem pega o jeito de usá-los, só perde se tiver o azar de ser bombardeado por cascos azuis.
É possível jogar com a visão em primeira pessoa e é aqui que o efeito 3D faz a diferença. No modo tradicional, tanto faz jogar com ele ligado, já que não há muita diferença. Em primeira pessoa, tudo muda. Os cascos vindo em sua direção, a distância do carro da frente e a areia saindo dos pneus, tudo isso é observado graças à percepção em três dimensões. Eu não gosto de pilotar nessa visão, mas passei um bom tempo usando-a só para ver esses detalhes.
Creditos: http://www.reinodocogumelo.com/
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