Em mercado visto como predominantemente masculino, elas jogam videogames de diversos gêneros e derrubam marmanjos em títulos violentos
Até um tempo atrás, videogame era brinquedo de menino. Enquanto isso, as meninas deveriam brincar de boneca. Mas atualmente esse cenário mudou. Elas jogam games de diversos gêneros e conseguem derrubar marmanjos em títulos violentos, como o "Counter-Strike", que predominam o mercado.
A psicóloga da Unifesp, Mara Pusch, afirma que isso se deu de forma natural, assim como foi com os esportes, onde os meninos geralmente se destacam mais que as meninas. "Eu acho que não tem nenhuma mudança, é só uma questão de tempo. Menina muitas vezes num primeiro momento não se atrai por tecnologia", disse. "Mas, a partir do momento que ela descobre as possibilidades, ela começa a se interessar".
Segundo Mara, o fato de as meninas jogarem games faz com que elas tenham um raciocínio mais lógico e desenvolvam um pensamento estratégico para vencer o jogo. Ela afirma que o videogame vem se tornando uma nova modalidade esportiva. "Vivemos em uma nova era, com novas profissões, com novos jogos e esportes. É uma tendência até por conta dessa mudança que a internet trouxe para nossas vidas", explica.
Algumas destas meninas que cresceram na frente do console trabalham atualmente na indústria de videogames no Brasil. Cah, Cissa, Nah, Shay e Juliana são os apelidos nos games de cinco garotas que formam o time "GamerHouse.girls" e jogam "Counter-Strike" profissionalmente.
A capitã da equipe Natacha "Nah" Fanganiello, de 21 anos, joga videogame desde que era criança. "Comecei a me interessar por games desde muito nova porque tenho um irmão mais velho com quem jogava bastante", conta. "Depois, como eu morava no interior, a gente tinha o costume de ir para Lan House para jogar com amigos em rede".
"Entrei nesse meio do Counter-Strike e fui levando e, quando me mudei para São Paulo, comecei a jogar profissionalmente", disse. "O Counter-Strike foi o que mais gostei, não que eu tenha me identificado, mas foi o que mais me deu emoção. Eu jogava bastante Mario, mas de computador só Need for Speed e Counter-Strike".
Videogames podem incitar violência em adolescentes?
De acordo com a psicológa, pessoas que jogam videogames violentos tendem a tornar menos sensíveis à violência e podem ficar mais agressivos. "Os jogos podem fazer com que essa agressividade seja colocada para fora de forma positiva ou de forma negativa, isso quando a pessoa começa a colocar a agressividade a todo o momento, sendo estimulado pelo jogo".
Natacha opinia que o "Counter-Strike" é uma forma de relaxamento. "Depende da pessoa, mas acho que muitas delas estão estressadas e veem o Counter-Strike como um meio de relaxar, até por ser um jogo violento, acaba tirando um pouco o foco dos problemas que você está tendo na vida".
A psicológoca afirma que o gênero feminino, em tese, tem um comportamento mais agressivo que o gênero masculino. Entretando, "se é uma menina que vive dentro de uma família que já é agressiva, e ela joga um jogo violento, onde ela tem que colocar a agressividade dela para fora, a probabilidade dela ser mais agressiva do que uma outra que vive em outro ambiente que não é estimulado esse tipo de jogo, vai ser menor", avalia.
Equipe campeã
O "GamerHouse.girls", principal time feminino do país, faturou recentemente a 4ª colocação da ESWC na França e, no ano passado, disputou a DreamHack 2011, realizado na Suécia, conquistando o 5° lugar. E, mais, elas venceram o título no Samsung World Cyber Games Brasil 2011, que foi realizada no Shopping Eldorado, em São Paulo.
"As vantagens de se jogar videogame profissionalmente são muitas. Lógico que você tem que saber dividir a sua vida, mas você conhece muitas pessoas, acaba indo viajar para fora do país, tem a oportunidade de estar em outras culturais e se interessa em aprender o inglês".
Mas, segundo Natacha, "em se tratando de Brasil, o investimento nessa área para quem leva o videogame como uma profissão não é muito simples. Por isso as pessoas não tem o comprometimento, a responsabilidade e o cronograma que se têm lá fora, até porque lá eles recebem salário para jogar", critica.
Até um tempo atrás, videogame era brinquedo de menino. Enquanto isso, as meninas deveriam brincar de boneca. Mas atualmente esse cenário mudou. Elas jogam games de diversos gêneros e conseguem derrubar marmanjos em títulos violentos, como o "Counter-Strike", que predominam o mercado.
A psicóloga da Unifesp, Mara Pusch, afirma que isso se deu de forma natural, assim como foi com os esportes, onde os meninos geralmente se destacam mais que as meninas. "Eu acho que não tem nenhuma mudança, é só uma questão de tempo. Menina muitas vezes num primeiro momento não se atrai por tecnologia", disse. "Mas, a partir do momento que ela descobre as possibilidades, ela começa a se interessar".
Segundo Mara, o fato de as meninas jogarem games faz com que elas tenham um raciocínio mais lógico e desenvolvam um pensamento estratégico para vencer o jogo. Ela afirma que o videogame vem se tornando uma nova modalidade esportiva. "Vivemos em uma nova era, com novas profissões, com novos jogos e esportes. É uma tendência até por conta dessa mudança que a internet trouxe para nossas vidas", explica.
Algumas destas meninas que cresceram na frente do console trabalham atualmente na indústria de videogames no Brasil. Cah, Cissa, Nah, Shay e Juliana são os apelidos nos games de cinco garotas que formam o time "GamerHouse.girls" e jogam "Counter-Strike" profissionalmente.
A capitã da equipe Natacha "Nah" Fanganiello, de 21 anos, joga videogame desde que era criança. "Comecei a me interessar por games desde muito nova porque tenho um irmão mais velho com quem jogava bastante", conta. "Depois, como eu morava no interior, a gente tinha o costume de ir para Lan House para jogar com amigos em rede".
"Entrei nesse meio do Counter-Strike e fui levando e, quando me mudei para São Paulo, comecei a jogar profissionalmente", disse. "O Counter-Strike foi o que mais gostei, não que eu tenha me identificado, mas foi o que mais me deu emoção. Eu jogava bastante Mario, mas de computador só Need for Speed e Counter-Strike".
Videogames podem incitar violência em adolescentes?
De acordo com a psicológa, pessoas que jogam videogames violentos tendem a tornar menos sensíveis à violência e podem ficar mais agressivos. "Os jogos podem fazer com que essa agressividade seja colocada para fora de forma positiva ou de forma negativa, isso quando a pessoa começa a colocar a agressividade a todo o momento, sendo estimulado pelo jogo".
Natacha opinia que o "Counter-Strike" é uma forma de relaxamento. "Depende da pessoa, mas acho que muitas delas estão estressadas e veem o Counter-Strike como um meio de relaxar, até por ser um jogo violento, acaba tirando um pouco o foco dos problemas que você está tendo na vida".
A psicológoca afirma que o gênero feminino, em tese, tem um comportamento mais agressivo que o gênero masculino. Entretando, "se é uma menina que vive dentro de uma família que já é agressiva, e ela joga um jogo violento, onde ela tem que colocar a agressividade dela para fora, a probabilidade dela ser mais agressiva do que uma outra que vive em outro ambiente que não é estimulado esse tipo de jogo, vai ser menor", avalia.
Equipe campeã
O "GamerHouse.girls", principal time feminino do país, faturou recentemente a 4ª colocação da ESWC na França e, no ano passado, disputou a DreamHack 2011, realizado na Suécia, conquistando o 5° lugar. E, mais, elas venceram o título no Samsung World Cyber Games Brasil 2011, que foi realizada no Shopping Eldorado, em São Paulo.
"As vantagens de se jogar videogame profissionalmente são muitas. Lógico que você tem que saber dividir a sua vida, mas você conhece muitas pessoas, acaba indo viajar para fora do país, tem a oportunidade de estar em outras culturais e se interessa em aprender o inglês".
Mas, segundo Natacha, "em se tratando de Brasil, o investimento nessa área para quem leva o videogame como uma profissão não é muito simples. Por isso as pessoas não tem o comprometimento, a responsabilidade e o cronograma que se têm lá fora, até porque lá eles recebem salário para jogar", critica.
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