quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Versão do game Mario para videogame 3D sofre por ter pouca novidade



Se você tem um videogame portátil 3DS, é provável que goste de jogos do Mario. Marcado por polêmica com ativistas de defesa dos animais, Super Mario Land 3D, lançado neste mês no Brasil, é um game que faz jus a franquia. O jogo conta com vários dos elementos já conhecidos do encanador símbolo dos games. O problema pode ser que tudo soa familiar demais.

Em qualquer plataforma, jogos do Mario sempre são sinônimos de jogabilidade fluída, desafio razoável, gráficos bem feitos (difícil encontrar um bug), história e efeitos sonoros familiares. Todo mundo sabe que Mario precisa pular na cabeça dos inimigos e aqui não é diferente. Super Mario Land 3D traz tudo isso explorando a capacidade do Nintendo 3DS de formar imagens tridimensionais sem a necessidade de óculos.

Apesar do nome 3D, o jogo não traz os cenários amplos característicos dos jogos da série desde Mario 64, nem os efeitos mirabolantes de gravidade de Mario Galaxy. Também não chega a ser em 2D, como Super Mario Bros. Wii. A maioria das fases de Mario Land 3D tem pouca profundidade – é como se sempre um eixo ou dois de um espaço tridimensional fosse curto.

Levando em conta que se trata de um game para um portátil, isso funciona bem, pois simplifica a vida do jogador. O gamer vai entender rapidamente a lógica da fase na fila do dentista sem muito esforço. As fases também são curtas – em dez minutos dá para passar de qualquer uma tranquilamente. A dificuldade, como é tradição da Nintendo, está em um nível aceitável para manter a diversão do começo ao fim.

Familiar demais

Pode causar problema para os jogadores mais experientes os elementos já há muito conhecidos de Land 3D. É a mesma flor de sempre para fazer Mario disparar bolas de fogo, o mesmo vilão Bowser, a velha lógica de juntar cem moedas para ganhar uma vida extra, etc. Não há muitos elementos novos nesse game. Para quem acompanha os jogos do herói pode ficar com a sensação de “puxa, eu já joguei isso antes”.

O que é uma pena, pois o 3DS além de ter seu recurso tridimensional (bem explorado pelo design das fases), conta com uma tela sensível ao toque. No game ela só é usada para mudar o ângulo de visão da tela principal e usar um item. É pouco. A plataforma poderia ter sido usada para introduzir novos elementos ao universo de Mario, como foi o caso da estrela-cursos de Mario Galaxy.

O sufixo “Land”, usado em games para dispositivos móveis da Nintendo, sempre foi relegado ao papel de simplesmente dar novas fases para Mario com gráficos inferiores com poucas inovações. A Nintendo parece não ter entendido que conta com uma plataforma com hardware poderoso e com inúmeras possibilidades.

Polêmica

A Peta, uma das organização de defesa de animais mais conhecidas do mundo, se colocou contra a Nintendo por causa de Super Mario Land 3D. Segundo a entidade, Mario estaria fazendo mal uso de um tanuki – uma espécie de guaxinim que existe no Japão – porque aparece vestido com ele e isso, segundo a ONG, pode incentivar as pessoas a acharem que é legal usar pele de animais como se fossem roupas.

Não é a primeira vez que Mario aparece como Tanuki. Em Super Mario Bros. 3 o encanador usa rabo e orelhas do animal quando ganha a habilidade de voar. A própria Nintendo posteriormente se manifestou, lembrando que Mario já vestiu roupa de outros animais, como sapo e abelha, sem qualquer tipo de violência.

Não há qualquer indício de violência em Super Mario Land 3D contra tanuki. Tudo o que aparece é mais uma fantasia do encanador bigodudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor não seja sem educação e escreva bobagens no comentário! Obrigada diretoria do brblogames