quinta-feira, 14 de julho de 2011

A turma de Lightning McQueen não faz feio nesta adaptação explosiva!

“Carros 2” pode não a mais popular das séries produzidas pela Pixar, uma das produtoras de filmes em animação mais respeitadas atualmente, mas, assim como “Toy Story”, certamente conseguiu conquistar uma grande legião de fãs, entre adultos e crianças.


Os jogos baseados em filmes, entretanto, geralmente conseguem uma proeza contrária, sendo desagradáveis para todas as idades. Felizmente, em Cars 2: The Video Game, essa tradição é quebrada.
Aprovado


No filme, o herói McQueen compete em um campeonato mundial de corrida ao mesmo tempo em que tenta acabar com a terrível ameaça do professor Zündapp. Já o game deixa de se preocupar com a história e utiliza apenas os personagens e alguns eventos específicos para criar um divertido jogo de corrida na linha de Mario Kart e ModNation Racers que irá divertir toda a  família.
Ás da direção
É bem tranquilo pegar o jeito de Cars 2. Além das óbvias funções de freio e aceleração, há também o turbo. Para poder fazer uso da aceleração extra, no entanto, é necessário acumular barras de turbo.

Para isso, é possível desde realizar derrapagens (as quais não afetam o desempenho do carro e podem ser realizadas com o toque de um botão) ou manobras especiais, como andar de ré ou giros no ar. Tudo isso pode ser feito com o uso do analógico direito e, embora tudo pareça complicado a princípio, em poucos minutos já é possível sair dirigindo sem problemas.
Fidelidade na medida
Um dos grandes méritos de Cars 2 se deve à escolha da produtora de se focar em uma proposta de jogo em vez de tentar recriar a mesma história do filme no qual o game é baseado. Afinal, o resultado geralmente é sofrível e muito pior do que o original.
Isso não significa que o jogo não é fiel à sua licença. Todos os personagens estão lá e, para a alegria dos fãs, é possível correr com McQueen e muitos outros veículos, como a automóvel brasileira Carla Veloso (que de vez em quando solta um “que legal” ou “tchauzinho”).
Opção é o que não falta
O game apresenta diversas modalidades para serem usufruídas pelos jogadores. Há corridas que permitem ou não o uso de armas, outras em que é necessário sobreviver aos ataques constantes de um adversário e outras em que o objetivo é eliminar o maior número de carros agressores em um determinado tempo.
Corridas de todos os tipos são liberadas no modo campanha na medida em que se avança nela. Desse modo, o título consegue evitar a monotonia e aumentar a sua longevidade. Afinal, para desbloquear todos os carros e pistas, é necessário jogar em todos os modos.
Disputas explosivas
Embora possua várias opções para o jogador, os modos mais divertidos são aqueles em que é possível utilizar todo o armamento oferecido aos corredores. São mísseis, metralhadoras e até lasers guiados por satélite que podem acabar com a alegria de quem está em primeiro lugar e garantir a sua vitória.
Nos modos em que é necessário eliminar o maior número de adversários a diversão também é constante. Você provavelmente irá se ver tentando quebrar o próprio recorde em determinadas arenas apenas pelo prazer de fazer isso.
Bacana para você, bacana para a sua família

Reprovado


Enquanto a experiência de jogar Cars 2 sozinho não é ruim, você pode ter certeza de uma coisa: o multiplayer torna tudo ainda mais divertido. O melhor de tudo é que o jogo facilita isso, fazendo com que a qualquer momento da campanha mais pessoas possam entrar e sair do game sem a necessidade de recomeçar o game e começar novamente. Ideal para que todo mundo na sua casa jogue por quanto cada um quiser.
Cadê o online?
Enquanto Cars 2 é bem interessante de ser jogado com mais pessoas, a falta de suporte online decepciona. Talvez por ter preferido direcionar o game apenas para crianças a produtora tenha decidido em deixar esse recurso de fora.
Assim, enquanto a Avalanche Software produz um jogo capaz de agradar pessoas de todas as idades, os mais velhos acabam sendo prejudicados por conta de algo que poderia prolongar quase infinitamente o seu tempo de vida. Afinal, enfrentar oponentes controlados pela inteligência artificial sempre cansa em algum momento.
Onde estou?
Outra falha, embora pareça algo pequena, chega a ser irritante em muitos momentos. Durante as corridas algumas indicações que parecem óbvias não estão presentes, como algo que mostrasse o mapa da pista, a localização dos corredores e qual arma está selecionada.

Vale a pena?


Embora a direção a ser tomada seja sempre intuitiva, é chato tentar descobrir quão longe estão os seus adversários ou qual arma você possui.  No último caso, o jogo até mostra isso ao jogador, mas faz isso ao acoplar partes especiais em seu carro — algo que nem sempre é fácil de reparar.
Cars 2 consegue a proeza de realizar uma boa adaptação de filme. Todas as empresas que adquirirem licenças de filme deveriam usar o exemplo da Avalanche (cujo processo de produção do jogo foi acompanhado pela Pixar) e aprender que nem sempre recriar a história da obra cinematográfica é algo necessário para uma adaptação nos video games.
No entanto, a experiência peca em alguns quesitos técnicos que, embora não atrapalhem a diversão, acabam reduzindo a longevidade do título. Para resumir, Cars 2: The Video Game consegue ser bastante divertido e é capaz de render disputas multiplayer muito intensas. No entanto, a falta de uma modalidade online provavelmente fará com que esse jogo acabe acumulando poeira na estante depois de algum tempo.

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